“O
mundo de Mare Barrow é dividido pelo sangue: vermelho ou prateado. Mare e sua
família são vermelhos: plebeus, humildes, destinados a servir uma elite
prateada cujos poderes sobrenaturais os tornam quase deuses. Mare rouba o que
pode para ajudar sua família a sobreviver e não tem esperanças de escapar do
vilarejo miserável onde mora. Entretanto, numa reviravolta do destino, ela
consegue um emprego no palácio real, onde, em frente ao rei e a toda a nobreza,
descobre que tem um poder misterioso… Mas como isso seria possível, se seu
sangue é vermelho? Em meio às intrigas dos nobres prateados, as ações da garota
vão desencadear uma dança violenta e fatal, que colocará príncipe contra
príncipe - e Mare contra seu próprio coração.”
Gênero: Distopia | 424 Páginas
Autora: Victoria Aveyard | Skoob
Editora Seguinte | Compare & Compre
Classificação: 4,5
A Rainha
Vermelha trouxe para mim um renovo em meio a tantas distopias que li, pois
a autora uniu alguns temas que eu particularmente gosto muito em um único
livro, trazendo uma distopia com ares de conto de fadas em uma sociedade
monárquica, unindo a isso fantasia, dando aos personagens poderes especiais,
desenvolvendo uma trama política cheia de surpresas, aventura, ação e também
romance. Um prato cheio para nós amantes de bons livros, que apesar da grande
mistura de elementos, deu muito certo e vem fazendo o maior sucesso no universo
literário e, na minha opinião, com mérito.
Victoria Aveyard nos apresenta Mare Barrow, uma
garota comum que vive em uma sociedade monárquica dividida entre os de sangue
vermelho e sangue prateado. Mare, de sangue vermelho, faz parte da maioria da população
comum, sem dons, que serve aos nobres de sangue prateado e vive na miséria
lutando pelo sustendo da família como pode. Do outro lado temos os de sangue
prateado, que possuem dons especiais para manipular os elementos como foge, ar,
terra e água, por isso eles estão no poder e comandam a sociedade fazendo dos
sangue vermelhos servos prontos a atender qualquer um de seus caprichos.
Até que um dia, em uma reviravolta do destino, Mare
acidentalmente descobre que possui um dom também, e isso não é spoiler pois
está na sinopse do livro, porém ela possui sangue vermelho, logo não poderia ter
nenhum dom, poderia? Entretanto ela tem e esta descoberta causa uma grande
mudança em sua vida, além de um grande burburinho que traz consigo medo e esperança
de mudanças, afinal se Mare de sangue vermelho possui um dom outros poderiam
ter também correto?
E é aí que a história ganha um cunho mais político
e distópico, pois começamos a ver o desenrolar de uma possível rebelião, Mare
começa a questionar a sociedade em que vive e a monarquia e por ela ser diferente tem
um grande poder em suas mãos, ao mesmo tempo que armadilhas surgem no caminho
de nossa protagonista, ela precisa aprender a controlar seus poderes e a entendê-los,
além de lidar com as dúvidas de seu coração.
Um ponto que não posso deixar de ressaltar é o quão
envolvente é a escrita da autora, pois ao tratar-se de uma história que mescla
temas tão batidos e já lidos em outros livros a narrativa torna-se de extrema
importância para nos prender, envolver e encantar, e posso dizer sem sombra de
dúvidas que a autora nos prende de forma que é impossível parar a leitura até
que cheguemos a última palavra. Victorya surpreende e envolve em uma narrativa
fácil, simples, porém ágil e cheia de gratas surpresas que nos deixam a cada
página mais vidrados e envolvidos com a trama, que também nos prende devido as
reviravoltas e surpresas políticas, na busca pelo poder.
Vale ressaltar ainda o lindo trabalho gráfico da
editora, seja na capa com o metalizado ou os relevos ou no interior do livro
nos inícios de capítulo, fonte e a diagramação como um todo, está impecável e deixa a obra
ainda mais completa, linda e prazerosa de se ler. Super recomendo a leitura.
Beijos,