Olá pessoal, tudo bem com vocês? Recentemente
li um artigo na internet sobre a série que conquistou meu coração e do meu
marido, Stranger Things, sobre uma
teoria desenvolvida por um estudante brasileiro acerca do futuro da série. O
texto se tornou viral entre os fãs e não é que a teoria tem fundamento e é
super interessante? Por isso resolvi trazer o texto aqui para o blog, para que
se você ainda não tenha lido, leia e possa suprir um pouco a falta da série até
que a segunda temporada seja lançada (em julho do ano que vem, como faz pra
esperar até lá?).
O texto foi retirado do site da
Revista Exame.
A primeira temporada de Stranger Things acabou bem: todo mundo tranquilo em volta da mesa de natal, os meninos jogando RPG, a galera namorando... Mas pode desligar o ~modo final feliz~ da cabeça. O fã Abner Pereira, estudante de publicidade de Gravataí (RS), criou uma das teorias mais assustadoras (e interessantes) sobre a série.
O negócio é o seguinte: e se o
mundo invertido, na verdade, não for outra dimensão - mas o futuro?
Pense bem: a Hawkins
"invertida" parece muito mais uma versão pós apocalíptica do nosso
mundo do que um universo paralelo. Por lá, há postes caídos, carros
abandonados, poeira, luzes piscando, construções (como elas foram parar lá?) -
e o mais importante: esqueletos humanos, que parecem estar no mundo invertido
há muito mais tempo do que Will ou Barb.
Na verdade, eles devem ser de muito
antes do monstro ter encontrado a passagem para Hawkins. Lembre-se: o policial
Hopper diz que, antes do desaparecimento de Will, a cidade era pacata e sem
crimes - logo, os ossos não podem ter vindo de um antigo rapto do monstro.
De alguma forma, os restos
pertenciam àquele lugar, o que mostra que seres humanos já estiveram (ou até
viveram) algum dia no outro lado.
Na teoria de Abner, quando Eleven
toca no monstro, ela acaba, sem querer, gerando um desequilíbrio no tempo. Aí,
"a saída que a natureza encontrou para consertar esse desequilíbrio foi
abrindo uma fenda entre o futuro e o presente", explica o texto. Há uma
razão para isso, mas a gente só vai falar disso daqui a pouco (*suspense*).
Se a gente pensar que o buraco
por onde o monstro sai é essa fenda temporal, faz sentido que o laboratório
comece a ser "contaminado" pelo mundo invertido: o que está
acontecendo é que o lugar está, simplesmente, "caminhando" em direção
ao futuro.
Também dá para ver que as pessoas
do presente afetam fisicamente o futuro: quando Nancy e Jonathan botam fogo no
monstro, na casa de Will (no presente), o chão fica marcado para Joyce e Hopper
do outro lado (no futuro).
Os próprios irmãos Duffer, criadores da série, dizem que
"?deveríamos estar preocupados com muito mais do que só com Will".
Como todo o elenco está naturalmente indo em direção ao futuro, pode ser
exatamente isso que eles querem dizer - que o perigo maior ainda não aconteceu.
Mas calma, senta que tem mais. E
se prepara porque essa parte é tão forte quanto um soco psíquico da própria
Eleven.
Na mesma entrevista em que
mencionam Will, os Duffer dizem: "Sobre o Mundo Invertido, temos um
documento de 30 páginas que explica sobre o que ele significa, de onde o
monstro veio e porque não existem mais monstros". Ou seja: só existe um
monstro, e ele pode não ter nascido no mundo invertido.
E se essa criatura não surgiu por lá, nada mais seria ameaçador naquela
realidade - ou seja, o mundo invertido não é um mau lugar em si, mas se tornou
mau a partir do momento em que o monstro chegou.
Mas de onde o monstro veio, senão
do mundo invertido? E por que ele aparece justamente em Hawkins? A gente só
pode pensar na única ligação que há entre os dois tempos: Eleven. Seguindo essa
linha de raciocínio, dá para concluir que a garota é o monstro.
Claro, Eleven nem sempre foi o
monstro, mas ela se transforma nele. A metamorfose começa no momento em que El
se sacrifica para salvar Mike e os meninos: ela é mandada, sozinha, para um
futuro caótico, onde não há nada a não ser ela mesma e seus traumas dos abusos
que sofreu no laboratório do Dr. Brenner.
Sabemos que ela continua viva no
mundo invertido, já que o policial Hopper deixa comida para ela naquela
caixinha na floresta, mas em que condições psicológicas a menina está? Com o
tempo, Eleven vai sendo consumida pela dor que passou - e acaba se tornando o
monstro.
Existem outras evidências de que
El é o monstro. Para começar: a criatura não segue as regras dos poderes
menstais da garota. Uma das habilidades de Eleven (que é especialmente
explorada pelo Dr. Brenner) é estender a própria consciência e entrar em
contato com a mente de outros seres.
E a gente sabe que ela só
consegue fazer isso com uma pessoa de cada vez: vemos isso quando ela espiona o
homem russo, e também quando ela procura por Barb e Will - e precisa buscar um
por um.
Só há uma exceção nessa regra: o
monstro. El consegue ter contato com a consciência dele também, ao mesmo tempo
em que está observando o russo, e ao mesmo tempo em que procura por Barb e
Will.
Isso porque, de acordo com a
teoria de Abner, a criatura não é outra consciência, mas a dela mesma,
escondida, esperando para se libertar. Quando El "toca" no monstro,
toma consciência de tudo isso, o que abre o buraco no tempo que mencionamos
antes.
Quer mais? Então, toma: os
meninos chamam a criatura de Demogorgon, um dos monstros do RPG que eles jogam,
Dungeons and Dragons. Eles poderiam ter escolhido qualquer outro monstro (são
centenas no universo do jogo), mas escolhem justamente esse: um ser de duas
cabeças, cada uma com uma personalidade diferente, uma querendo se libertar da
outra (o que pode ser uma simbologia de Eleven e o monstro).
Além disso, o monstro é humanoide
(o que fortalece a ideia de que ele pode já ter sido humano), e provavelmente é
fêmea, já que consegue colocar ovos (como vemos quando Joyce e Hopper vão
resgatar Will).
Eleven também parece reconhecer
Barbara em uma foto no quarto de Nancy, sendo que as duas nunca haviam se
encontrado. E o monstro ataca e rapta Barb logo no início da série.
Será que esse reconhecimento não
é El, de repente, se lembrando que seu eu futuro captura a garota? Pode ser,
pode não ser. Mas que faz sentido, faz.
Até agora, o texto de Abner já
teve 200 mil visualizações no Medium, e já viralizou pelas redes sociais afora. Também,
pudera: o autor passou quatro dias pesquisando sobre a série em fóruns de
debate e em sites, só para redigir uma primeira versão da teoria que foi, aos
poucos, melhorada pelas sugestões dos leitores: "Eu não tinha reparado no
detalhe dos esqueletos, e também na questão da Eleven só conseguir entrar em
contato com uma consciência de cada vez, com exceção do monstro. Isso ajudou
muito a deixar a teoria mais completa", explica o estudante.
Agora, é esperar para ver se esse
futuro vai mesmo se tornar realidade, ou se não vai passar de uma viagem de
fãs. Mas, mesmo se for o caso, Abner não se abala: "Eu brinco que, se não
for nada disso, é porque os produtores vão ter descoberto a minha teoria e
mudado tudo para alguma coisa que ninguém tenha pensado".
.
O que
acharam desta teoria? Tem ou não tem fundamento? Se fosse este o futuro da
série você ficaria satisfeito? Você tem outra teoria para o futuro da mesma?
Não deixe de comentar.
Beijos,
Eu assisti um filme quase semelhante a esse seu texto, onde tinha uma fenda entre o nosso mundo e o nosso mundo invertido de onde saiu o "monstro", gostei muito do post, pois mostra o talento que tem também os brasileiros de fazer teoria interessante.
ResponderExcluirflor tem post novo, vem ver
magrafelizpensa.blogspot.com