[Resenha] Crave a Marca by Veronica Roth




“Num planeta em guerra, numa galáxia em que quase todos os seres estão conectados por uma energia misteriosa chamada “a corrente” e cada pessoa possui um dom que lhe confere poderes e limitações, Cyra Noavek e Akos Kereseth são dois jovens de origens distintas cujos destinos se cruzam de forma decisiva. Obrigados a lidar com o ódio entre suas nações, seus preconceitos e visões de mundo, eles podem ser a salvação ou a ruína não só um do outro, mas de toda uma galáxia. Primeiro de uma série de fantasia e ficção científica, Crave a marca é aguardado novo livro da autora da série Divergente, Veronica Roth, que terá lançamento simultâneo em mais de 30 países em 17 de janeiro, e surpreenderá não só os fãs da escritora, mas também de clássicos sci-fi como Star Wars.”


Gênero: Fantasia Distópica | 480 Páginas
Autora: Veronica Roth | Skoob
Editora: Rocco | Compare & Compre: AmazonSaraivaSubmarino
Classificação: 4/5

Depois do sucesso estrondoso da trilogia Divergente Veronica Roth retorna em um universo distópico totalmente diferenciado, que é guiado através de uma força da natureza, denominada Corrente. Esta energia está presente em tudo o que existe e ela se manifesta em cada pessoa por meio de dons extraordinários de acordo com a personalidade de cada um. Em Crave a Marca somos apresentados a um universo completamente distinto e somos surpreendidos mais uma vez com a maestria de sua escrita e sua capacidade de inovar no meio literário.

A trama nos apresenta o planeta nação Thuve, que atualmente encontra-se dividido entre os thuvesitas (cidadãos pacíficos que desde sempre vivem neste local) e os shotet (uma parcela da população que nos tempos passados sobrevivia como nômades, indo de país em país reciclando objetos descartados e reutilizando-as para seu uso), entretanto com o passar dos anos – cansados de serem a escória da sociedade em que viviam, os shoted tornaram-se guerreiros e se estabeleceram definitivamente em Thuve, eles continuam reciclando e viajando, mas querem ser reconhecidos como nação, mesmo que para isso a já existente tensão entre thuvesitas e shoted aumente e os leve a uma guerra. Outro ponto que não posso deixar de destacar na obra de Veronica é que além da corrente, um elemento fundamental para o desenrolar da trama, temos em cada nação oráculos, que através do poder da corrente tem a habilidade de prever o futuro e com isso direcionar os cidadãos, que não podem fugir de seu destino. Os oráculos são também, são usados pelos governantes em prol de seus objetivos e para manterem-se no poder, e estes serão chave fundamental para o tirado Rizek na sua luta pelos shoted.

É neste cenário então que somos apresentados a Akos Kereseth, um garoto thuvesita que é filho do oráculo de Thuve, e é sequestrado pelo tirano Rizek junto de seu irmão mais novo Eijeh. Akos é obrigado a conviver em meio a um ambiente hostil de um povo quye luta contra sua nação, mas apesar de todas as dificuldades ele tentará de todas as formar fugir e libertar seu irmão. Em contrapartida conhecemos Cyra Noavek, a irmã mais nova de Rizek, uma garota shoted temida por todo seu povo devido ao seu dom da corrente de infringir dor através do seu toque, que pode ser letal.  Ela é usada como arma pelo próprio irmão na luta pelo poder, seu caminho cruzará o de Akos – o único que pode tocá-la, e juntos eles se tornarão amigos, descobrirão ideias comuns e a pesar de todas as suas diferenças, lutarão lado a lado por aquilo em que acreditam ser o certo.

Crave a Marca tem a narrativa alternada entre Cyra e Akos, o que nos permite ter uma visão ampla de tudo o que acontece na história e também conhecer a funso a personalidade de cada um, que nos conquista a sua maneira e nos faz torcer para terem êxito em seus objetivos de mudanças para melhor em sua sociedade.  A narrativa da autora inicia um pouco confusa, afinal são muitas informações jogadas nas páginas, um universo muito diferente e totalmente novo, o que tornou o início da leitura um pouco lento e arrastado, fazendo com que demoremos a mergulhar na história, a nos conectar com ela a tal ponto de não querer parar de ler, entretanto quando a autora nos prende somos levados a uma aventura muito gostosa que nos prende e surpreende com as revelações ao longo dos acontecimentos, tornando a leitura da metade para o final surpreendente e impossível de parar de ler.



Resumindo, se você procura uma obra com ação, aventura, uma mitologia e uma cultura bem diferente, uma história de amizade e o início de um romance que prende o leitor e deixa o leitor curiosíssimo pela continuação, este é o livro certo.

Beijos,
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