[Resenha] Perdão Mortal by Robin LaFevers

Por que ser uma ovelha, quando você pode ser o lobo? Ismae Rienne, dezessete anos, escapa da brutalidade de um casamento arranjado no santuário do convento de São Mortain, onde as irmãs ainda servem deuses antigos. Lá ela aprende que o deus da Morte abençoou-a com perigosos dons e um violento destino. Se ela optar por ficar no convento, será treinada como uma assassina e servirá a Morte. Para reclamar sua nova vida, deve destruir a vida de outros. A mais importante atribuição de Ismae leva-a direto para o tribunal superior da Bretanha—onde se encontra terrivelmente sob preparada não só para os jogos mortais de intriga e traição, mas pelas impossíveis escolhas que deve fazer. Como entregar a vingança da Morte em cima de um alvo que, contra sua vontade, roubou seu coração?

Gênero: Romance Histórico | 408 Páginas

Autora: Roben LaFevers | Skoob

Editora: V&R | Compare & Compre

Classificação: 5 estrelas + favorito ❤

 

Por que ser uma ovelha, quando você pode ser o lobo?

Desde que conheci o livro esta frase sempre me cativou e despertou o desejo de conhecer esta série que tem como premissa um romance medieval/histórico onde as protagonistas são freiras assassinas. Então, louca como sou por um bom livro do gênero e por uma história de uma mocinha não tão mocinha assim, não via a hora de tê-lo em mãos, e já adianto que não me decepcionei nem um pouco com Perdão Mortal e recomendo-o de olhos fechados.

Perdão Mortal nos conta a história de Ismae, uma garota maltratada por sua família desde que estava no ventre de sua mãe, humilhada e sozinha em um momento que jamais imaginou tem seu destino alterado e a chance de mudar sua vida servindo no convento de Saint Mortain ao Deus da Morte, onde irá aprender com freiras assassinas as técnicas mais eficazes de matar alguém, sobre venenos, lutar, ler e escrever e as artes da sedução.

No convento Ismae conhece Annith e Sybella, cada uma delas protagonizará um livro da trilogia ‘O Clã das Freiras Assassinas’, e embora um tenha ligação com o outro no enredo e pano de fundo, também tem seu início meio e fim contando a história de cada uma dessas garotas cheias de segredos e mistérios que dentro do convento formaram uma grande amizade e laços de amor e carinho servindo a um mesmo Deus que lhes deu uma nova chance.

Quando Ismae recebe sua primeira missão é levada para uma trama cheia de mistérios, acordos políticos, armadilhas em busca de poder e terá que descobrir em quem realmente pode confiar para conseguir proteger a Duquesa da França e fazer a vontade de Mortain, seu Deus, da melhor maneira possível.

E é aí que nos apaixonamos, pois Ismae, maltratada como foi pelo pai, não acredita em amor e tem fé viva e cega naquilo que o convento e as irmãs pregam, mas quando sai para esta aventura ela descobre que o mundo é muito mais e que nem tudo o que aprendeu a acreditar é tão preto no branco assim. Ismae terá de encontrar um meio de seguir seu coração, que julgava nunca ser capaz de amar, e continuar servindo aos desejos de seu Deus, aquele que lhe deu a chance de uma nova vida.

Em Perdão Mortal acompanhamos Ismae em sua jornada eletrizante de autoconhecimento e descobertas sobre sua história, seu passado,  o que significa de fato servir ao Deus da Morte, suas escolhas do presente e o que será de seu futuro. O livro é repleto de aventura, ação e suspense. Tem romance, amizade, lições e faz refletir. Tem sede de vingança e de morte e retrata que na guerra e luta pelo poder a confiança é um luxo que não podemos ter, mas que o amor e a fé podem superar qualquer dificuldade e caos e que, podemos sim, encontrar luz em meio a escuridão.

"- Quando você estiver pronta, ou mesmo se nunca estiver, meu coração pertencerá a você até que a morte nos separe. O que quer que isso signifique quando você está se comprometendo com uma das servas da Morte."

Beijos,